sábado, 19 de maio de 2012

Três vídeos exibem a ética paralela do jornalismo da Band
 

por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)
 

Em que esgoto alguns jornalistas atiraram sua ética?
 

Três vídeos recentes são importantes para pensarmos na ladeira abaixo de certo tipo de “jornalismo”. E na necessidade de que haja reação: seja de entrevistados, seja da sociedade como um todo.
 

Primeiro, uma repórter da Band, Mirella Cunha, humilha um acusado de estupro. Pela suspeita e por sua falta de cultura:


Detalhe: ele denuncia tortura e ela ignora. Não só ela, aliás: os editores e a Band igualmente ignoram e participam da covardia.
 

Aqui, um motorista é abordado enquanto socorria uma mulher. Ele reage prontamente ao jornalismo-abutre praticado pelo repórter:


Aqui, o deputado Jean Willys (PSOL-RJ) reage com elegância ao apresentador que pergunta se ele já fumou maconha:



No caso de Jean Willys alguém poderá alegar que o jornalista estava apenas fazendo seu trabalho. Não é bem assim. O contexto é sensacionalista. Trata-se do apresentador do mesmo programa onde Mirella se sente à vontade para humilhar uma pessoa – negra e pobre.
 

“O sistema é bruto”, gosta de dizer a repórter. Esse jornalismo-abutre é praticado por repórteres, por editores e por donos de jornal. Participam dele também o leitor-abutre, o telespectador-abutre e uma sociedade-abutre.

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2 comentários:

Pacheco disse...

São muitos esses videos em que os ditos reporteres exploram comicamente a situação dos entrevistados, mesmo onde não cabe piada. No video abaixo é o entrevistado quem aborda o que é realmente relevante, mas o repórter desconversa e continua com a comédia.
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http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eysxO2Xa-p4

Dona Chica disse...

É ... não é à toa que não é mais preciso diploma, para ser jornalista (com todo respeito aqueles que exercem com dignidade e respeito a profissão de informar o cidadão )afinal para ser babaca não é preciso estudo!