Veja por que “Privataria Tucana” é também um livro sobre
imprensa
por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)
A leitura de “Privataria Tucana” mostra um dos motivos do
silêncio da grande imprensa a respeito do livro de Amaury Ribeiro Jr. É que ela
mesma – a imprensa – é um dos fios condutores da obra. Jornais e jornalistas
são mencionados diretamente como partes interessadas nas histórias, que vão
muito além das privatizações feitas durante o governo de Fernando Henrique
Cardoso.
Ribeiro Jr diz que jornais foram chantageados por uma
peça-chave do governo FHC – alçado à condição de “editor” do que saía a seu
respeito. Menciona diretamente o nome de um jornalista da Folha de S. Paulo
que, segundo ele, publicou (com um lado muito bem definido) uma sequência de reportagens
parciais, destinadas a prejudicar uma candidatura política – a de Dilma
Rousseff.
Vale observar que não se trata apenas de uma obra anti-PSDB –
em meio ao que o autor chama de uma “imprensa afinada com o tucanato”. Dois membros
do alto escalão do PT, jornalistas, são mencionados como
detentores de “métodos” muito particulares de fazer amigos. E de combater
inimigos.
Em um dos momentos de temperatura máxima do livro, Ribeiro
Jr aponta até o suposto hábito de um desses petistas de “ameaçar a vida de
adversários”. A acusação – evidentemente gravíssima - passou ainda
despercebida, em meio aos temas políticos e econômicos do livro.
A guerra entre tucanos também é explicitada no
livro-reportagem: os jornais “Estadão” e “Estado de Minas” são mencionados como entusiastas
de José Serra e Aécio Neves, respectivamente.
Segue aqui, portanto, um resumo de uma obra dentro da obra:
a “Privataria Tucana” surge também como um clássico sobre imprensa – uma imprensa
sórdida. O próprio Ribeiro Jr, como repórter, torna-se personagem de uma guerra
política, acusado de quebrar sigilos fiscais e de articular dossiês com
arapongas.
Os leitores do livro são convidados a relembrar que a
imprensa brasileira – retratada de modo inapelável em livros como “Minha Razão
de Viver”, de Samuel Wainer, ou “Notícias do Planalto”, de Mario Sergio Conti –
é um dos personagens-chave de um quebra-cabeças político.
Esse livro dentro do livro – lançado este mês pela Geração
Editorial - é a história de grupos seletos, de personagens mais ou menos carimbados
que decidem o que você, leitor, ficará ou não sabendo.
A PAUTA
Amaury Ribeiro Jr começa a investigação com uma pauta:
apurar, para “o Estado de Minas”, um esquema de arapongagem (espionagem,
grampos) contra o pré-candidato Aécio Neves (PSDB), governador mineiro. Ele
teria de descobrir quem eram os arapongas, supostamente a mando de José Serra
(PSDB).
O jornalista conta que a pauta não nasceu de boatos, mas de
informações transmitidas pela assessoria de imprensa do governo mineiro ao “Estado
de Minas”, principal jornal mineiro – “que, aliás, nunca negou sua condição de
aecista de corpo e alma” (p.24).
A partir daí, por iniciativa própria, Ribeiro Jr decide
aprofundar um tema que já lhe era caro: as privatizações. Identifica um esquema
de entrada de dinheiro no país, a partir de empresas em paraísos fiscais, e telefona
para a assessoria de imprensa do governador paulista, para ouvir Serra sobre o
caso.
- A resposta não tardou.
Serra agiu para barrar a matéria ainda em fase de apuração.
Serra telefona (sempre seguindo o relato do livro) para um editor
do “Correio Braziliense” e para a direção do “Estado de Minas”, do mesmo grupo.
Não dá certo. Liga para Aécio.
Entendem-se. Mas faltava “acalmar a direção do jornal mineiro”. Ela estaria
indignada com um artigo do jornalista Mauro Chaves (já falecido) no Estadão. O
texto seria um “libelo antiaecista”:
- Sem nunca ter
ocultado seu serrismo, o Estadão dispensou o protocolo e disparou um torpedo
visando atingir a pré-candidatura de Aécio Neves abaixo da linha d’água. (p.
29)
Era uma insinuação que associava Aécio ao consumo de
cocaína. O título: “Pó pará, governador”. Chaves também dizia que, em Minas, “imprensa
e governo são irmãos xifópagos”.
OS CONTRAPONTOS
A história das privatizações no governo FHC ganhou um
contraponto de peso, lembra Ribeiro Jr. Foi o livro “O Brasil Privatizado”, de
Aloysio Biondi (1936-2000).
Biondi demonstrou que o Brasil “pagara para vender suas
estatais”, lembra-nos “Privataria Tucana”: R$ 87,6 bilhões, ou R$ 2,4 bilhões a
mais do que recebera.
Ribeiro Jr conta que o termo privataria foi cunhado pelo
jornalista Elio Gaspari. Mas as coberturas contrárias à onda privatista eram
exceções.
O repórter narra alguns trabalhos que ele mesmo fez sobre
evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Um deles, em 2003, durante o governo Anthony
Garotinho, na IstoÉ, em parceria com a jornalista Sônia Filgueiras. “A
reportagem provocou a abertura de duas CPIs” – uma mista, no Congresso (a CPMI
do Banestado), outra no Paraná.
Por conta de um processo movido contra Ribeiro Jr e a
Editora Três, por danos morais, o jornalista teve acesso a documentos inéditos
da CPMI do Banestado. É que a editora moveu uma ação “de exceção da verdade” –
e o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) foi obrigado a entregar o
relatório.
Em outro ponto do livro, na página 78, ficamos sabendo que a Justiça considerou
improcedente essa ação por danos morais.
A MÍDIA E A TELEBRÁS
A privatização da Telebrás é mencionada na página 68.
Escreve o autor:
- Na oportunidade, o
negócio foi vendido pela imprensa hegemônica aos seus leitores como algo
maravilhoso para o Brasil e os brasileiros.
A venda do sistema de telefonia ocorrera por R$ 22 bilhões –
apenas R$ 1 bilhão a mais do que a União investira nos dois anos anteriores à
privatização.
Ribeiro Jr lembra o leitor de um telefonema entre FHC e Luiz
Carlos Mendonça de Barros, o ministro das Comunicações: “À vontade, os dois
comentam o tom apologético adotado pela mídia para saudar as privatizações”. O
diálogo é transcrito na página 73:
- A imprensa está
muito favorável, com editoriais – comenta Mendonça de Barros.
- Está demais, né. –
diz FHC. Estão exagerando até...
DANIEL DANTAS E A REVISTA DINHEIRO
Ao falar da sociedade entre Verônica Serra (filha do
político) e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, o jornalista Amaury
Ribeiro Jr faz um comentário curioso, para quem projetou boa parte de sua
carreira na revista IstoÉ.
Ele comenta que a sociedade entre as Verônicas veio a
público não por inimigos de Serra ou Dantas, mas por uma notícia publicada na IstoÉ
Dinheiro, da mesma editora. A revista é definida, então, como uma “aliada sem
nenhum pudor - e não faz a mínima questão de dissimular isso – ao banqueiro
Daniel Dantas” (p. 183).
O repórter pergunta: “Como
explicar essa notícia? A revista brigou com Dantas?” “Ou o banqueiro ficou
louco ao ponto de se autodenunciar?”
Ele mesmo responde: diante de uma briga do Opportunity com
sócios estrangeiros e o fundo Previ, Dantas pressionava Serra a intervir no
fundo de pensão. “Em outras palavras, por meio da publicação, Dantas usava a
sociedade entre as duas Verônicas para chantagear Serra”.
Mais à frente, ao contar como Verônica relatou ganhos de
capital no exterior, em entrevista à IstoÉ Dinheiro, Ribeiro Jr escreve
significativamente, entre parênteses: “Sempre a mesma publicação”.
OS ARAPONGAS E A IMPRENSA
O capítulo de “Privataria Tucana” sobre os arapongas traz
várias histórias de imprensa. Algumas, positivas. Muitas, negativas.
Ao falar do “ninho de arapongas” da Anvisa (Agência Nacional
de Vigilância Sanitária), Amaury Ribeiro Jr diz que ele foi desativado pelo
próprio José Serra, então ministro da Saúde, “após a imprensa denunciar que a
vida privada de servidores do Ministério da Saúde e de desafetos do então
ministro estaria sendo esquadrinhada” (p. 245).
Em um mecanismo de inversão das acusações, o próprio
repórter passou a ser acusado de quebrar sigilos, em 2010. Ele diz que sabia
que as quebras tinham ocorrido por decisão judicial.
A essa altura, ele conta que já tinha informações
suficientes para serem publicadas. Só que se tratava de ano eleitoral.
- São revelações que,
publicadas, causariam estragos nos planos eleitorais da campanha do PSDB.
Obviamente, seriam todas ignoradas pela imprensa afinada com o tucanato. (p.
278)
O jornalista dá um exemplo concreto dessa omissão da
imprensa:
- Tome-se, apenas para
exemplificar, o indiciamento da filha do candidato presidencial do PSDB, a
empresária Verônica Serra. Passou em brancas nuvens. Ninguém soube ou, se
soube, não publicou. Está sendo informado aqui, em primeira mão.
Na página 280 o autor narra mais um fato “que transitou
incólume pelos bigodes da vetusta mídia cabocla”: a quebra dos sigilos
financeiro e fiscal de Alexandre Bourgeois, marido de Verônica Serra. Segundo
Ribeiro Jr, Bourgeois chegou a ir para o exterior, fugindo dos oficiais de
justiça.
O autor sustenta, em defesa própria, a inutilidade – para a produção
do livro - das declarações de renda apresentadas por Serra e seus familiares.
Alega que o período que investigou (1998 a 2003) é aquele mais próximo das
privatizações – e que os sigilos acessados irregularmente são de 2007 e 2008.
Ele conta que passou a outros jornalistas essa informação.
Um colega de “um dos jornalões” lhe disse o seguinte:
- Eu falo para os
chefes do meu jornal que as datas não batem, que a história não bate, mas a verdade
não lhes interessa. (p. 281)
EDUARDO JORGE X JORNALISTAS
Amaury Ribeiro Jr diz que, em toda a sua carreira, nunca fez
uma reportagem contra o ex-tesoureiro de campanha dos tucanos, Eduardo Jorge.
Por impaciência e por receio – diante dos processos que ele costuma mover
contra jornalistas.
O jornalista diz que foi absolvido em todos os processos
movidos contra ele, baseados na Lei de Imprensa. Mas que sempre teve “consciência
da desorganização dos departamentos jurídicos” dos veículos onde trabalhou.
Eduardo Jorge, segundo ele, contrata os melhores advogados e
“segue todos os passos dos processos que move contra órgãos de imprensa e até
mesmo os caminhos dos jornalistas e procuradores que o denunciam”.
GARCIA, O ACUSADOR, E O REPÓRTER DA FOLHA
O despachante Daniel Garcia foi quem acusou Ribeiro Jr, em
pleno Jornal Nacional, de encomendar quebras de sigilo.
O jornalista diz que não podia imaginar que Garcia fazia
operações ilegais.
E que foi ficando claro que ele agia (ao fazer as acusações)
sob orientação tucana.
A partir de um certo ponto, explica, os tucanos precisavam
refutar a informação de que membros do clã Serra faziam movimentações
financeiras em um paraíso fiscal.
É então, na página 299, que Ribeiro Jr acusa um colega, um
repórter da Folha de S. Paulo:
- Mas para haver
contrainformação o assunto teria de sair na imprensa, a fim de que toda a rede
fictícia caísse num efeito dominó. Trazendo no currículo várias reportagens
contra o PT e sua candidata, o repórter da Folha de S. Paulo Leonardo de Souza
também foi escolhido a dedo. Além de não fazer questão de esconder sua ojeriza
a Dilma e de atuar em um veículo alinhado à campanha tucana, o repórter possuía
fontes oposicionistas na Receita Federal, que sempre o ajudavam a detonar a
campanha petista.
O autor de “Privataria Tucana” diz no livro que Souza
inverte leads (a abertura das
notícias) para beneficiar os tucanos. Assim, em junho de 2010, ele publicou que
o “núcleo de inteligência” da candidatura Dilma (que seria inexistente, segundo
a própria revista Veja) tivera acesso às
cópias das declarações de IR de Eduardo Jorge.
Em outra ocasião, relata o autor, Souza descobriu que a
farra dos cartões corporativos ocorrera também durante o governo FHC. “Em vez
de denunciar os desmandos dos tucanos, arrumou uma forma de colocá-los como
vítimas” – acusando a Casa Civil de usar seu aparato para vazar os dados
sigilosos.
- Como se vê, o
formato é o mesmo. Os bastidores do
vazamento dos impostos para a Folha é assunto que cabe ao repórter e ao jornal
explicarem.
DE NOVO EDUARDO JORGE
Um dia Amaury Ribeiro Jr foi abordado por policiais federais.
Eles lhe disseram que a “casa tinha caído”, por conta dos depoimentos de Garcia.
Na página 302, ele relata:
- Nos dias anteriores ouvira relato de
jornalistas e mesmo de tucanos de que o “Sombra” (Eduardo Jorge) havia
transformado a cobertura midiática da quebra do sigilo numa grande ópera bufa,
em que ele era o mais divertido dos personagens. Com ironia, colegas de
imprensa diziam que, de posse de informações privilegiadas do inquérito, o
prócer do PSDB travestira-se de pauteiro e editor de veículos dos quais
arrancara indenizações milionárias em ações de danos morais.
Segundo o jornalista, Eduardo Jorge “teria iniciado um
verdadeiro leilão em troca de informações privilegiadas”.
- Não pedia dinheiro
ou algum benefício pessoal. Apenas exigia determinado espaço, chegando a
definir qual seria a linha editorial da matéria. Se determinado jornal não concordasse
com suas exigências, simplesmente transferia o “furo” ao concorrente.
Ribeiro Jr diz que Jorge conseguiu a façanha de “levar a
mídia ao papel ridículo que se propôs a assumir no pleito” (o de apoiar a
candidatura Serra).
DE NOVO O REPÓRTER DA FOLHA
Ao avaliar que seu depoimento não surtiu o resultado
esperado na mídia, o autor do livro diz que ela “preparou mais um golpe baixo”
contra ele, “com o objetivo de atingir a candidatura Dilma”.
- Os principais
veículos passaram a publicar a informação mentirosa de que eu havia confessado
ter pedido a transgressão dos sigilos.
Uma exceção foi Rudolfo Lago, do site Congresso em Foco.
Mas Ribeiro Jr afirma não ser difícil descobrir a origem da
notícia falsa:
- No dia 20 de outubro
de 2010, Leonardo de Souza redigiu matéria na Folha de S. Paulo em que afirmava
que eu havia encomendado ao despachante dados fiscais de dirigentes do PSDB.
A informação de que a solicitação fora feita à Junta
Comercial do Estado de São Paulo (e não à Receita Federal) aparecia somente no
terceiro parágrafo.
- A manobra acabou
induzindo os editores da primeira página a manchetear que eu admitira ter
pedido acesso legal às informações. Não sei se foram induzidos a erro pelo
repórter ou gostaram de ser enganados para agradar aos donos do jornal.
OS PETISTAS
“Privataria Tucana” fala também do fogo amigo na campanha
petista. A história é rocambolesca.
Na disputa pela assessoria de imprensa da campanha de Dilma,
Valdemir Garreta (sempre segundo Amaury Ribeiro Jr) teria mandado “recados”
para o grupo de Luiz Lanzetta, que assumira essa função. A este grupo estaria
reservada apenas a função de falar com algumas redações.
- Caso não compusesse
desta maneira ou saísse do caminho, os “métodos” de Garreta seriam exercitados.
Seriam métodos, conforme o autor, de “fazer amigos e influenciar pessoas”.
As informações nas reuniões eram vazadas. “Falava-se algo em
uma reunião e, no outro dia, a informação estava estampada nas colunas dos
jornais”.
Ribeiro Jr relata uma suposta perseguição de Garreta contra
Lanzetta. E a reunião de Lanzetta e do próprio autor (a pedido do colega) com
arapongas, com o objetivo de mover uma contraespionagem.
Mais à frente, no capítulo 17, Ribeiro Jr chega a dizer que
informações de vários jornalistas “dão conta de que o ex-secretário cultiva o
hábito desagradável de ameaçar a vida de seus adversários”.
(O autor não
apresenta provas. A este blog, Valdemir Garreta disse sucintamente que não tem nada a falar sobre o livro.)
Nesse mesmo capítulo, o também jornalista Rui Falcão (hoje
presidente nacional do PT) é acusado pelo autor de “pautar a Veja contra a campanha
de Dilma”.
Tudo por meio de uma coluna de Diogo Mainardi. Centrando
fogo contra Lanzetta. Este ouvira de Falcão as mesmas frases publicadas por
Mainardi na Veja.
Diante da tomada do poder pelos paulistas (a versão segue
sendo a de Ribeiro Jr), o repórter Alexandre Oltramari, da Veja, procura
Lanzetta para dizer que soubera de uma “fábrica de dossiês contra adversários”
e que um delegado e Amaury Ribeiro Jr “estavam engajados na arapongagem”. A
matéria não saiu – por influência de Antonio Palocci, que tirou Lanzetta da
campanha.
Ribeiro Jr acusa ainda Rui Falcão de ter copiado (e
repassado à Veja) o próprio material que estava sendo escrito para o livro “Privataria
Tucana”. A intenção final seria taxar “um jornalista maluco de Minas” (o
próprio autor) como membro de “mais um grupo de aloprados do PT”.
Lanzetta acabou se acertando com Palocci. E disse ao
coordenador da campanha, referindo-se ao grupo paulista e a Ribeiro Jr: “Segure
os seus radicais, que eu seguro o meu”.
Segundo o próprio autor, Falcão o está processando por
calúnia.
SOBRE O SILÊNCIO
Todas as histórias acima mostram possíveis motivos para tanto silêncio
na grande imprensa sobre "Privataria Tucana". Uma das exceções foi a Record News.
Por um lado, os personagens (graúdos) são de interesse público. As histórias perpassam o centro do poder no Brasil, nos últimos 17 anos: políticas centrais de governo, as principais campanhas eleitorais.
Mas aos políticos somam-se, como protagonistas, donos e editores
dos principais meios de comunicação do Brasil.
As histórias envolvendo o próprio Ribeiro Jr (arapongagem, compra de
material) podem estar sendo utilizadas por seus opositores - e pela imprensa - para questionar a credibilidade do jornalista. Seriam um argumento para a sonegação de informações sobre o livro?
As versões dos demais envolvidos devem aparecer com o tempo. Por enquanto, silêncio. Mas o livro já
é um sucesso editorial. E repercute imensamente nas redes sociais. O silêncio sobre o livro, em si, tornou-se uma notícia.
As histórias que Ribeiro Jr conta (em paralelo às histórias da tal “privataria”)
são de um jornalismo muito pouco republicano. Estão aí para serem confirmadas,
completadas – ou veementemente refutadas.
No mínimo um dos lados da história utilizou-se de recursos
absolutamente excusos para veicular informações.