segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Gilberto Carvalho receberá também representante da USP

A notícia passou despercebida, em meio às reivindicações dos sem teto na Avenida Paulista, na última quinta-feira. A audiência dos representantes dos movimentos sociais (sem teto, sem teto e trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô) - que será realizada no dia 19, em São Paulo, com a presença de dois ministros da República - discutirá também os episódios de novembro na Cidade Universitária, quando 73 pessoas foram presas durante a reintegração de posse da reitoria.

O professor Luiz Renato Martins, da Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) é um dos candidatos a representar os estudantes. Ele foi um dos 13 membros da comissão formada pelos movimentos sociais, na reunião que os manifestantes tiveram com a chefe de gabinete Rosemary Nóvoa de Noronha, do escritório regional do governo federal em São Paulo. Martins representou o Comando de Greve dos estudantes da USP.

O porta-voz do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Teto), Guilherme Boulos, um dos principais articuladores das manifestações, disse que a criminalização dos movimentos sociais é uma das três pautas com os ministros Gilberto Carvalho (da Secretaria Geral da Presidência da República) e Maria do Rosário Nunes – por isso, inclusive, a presença da ministra da Secretaria dos Direitos Humanos. É nessa pauta que entrará o caso USP.

À imprensa, Luiz Renato Martins fez um resumo do que está acontecendo na universidade, “uma das mais elitistas do País e um bastião da ditadura” – em referência a uma lei de 1972 que permite processar estudantes e funcionários por “delito de opinião”.

Durante a greve dos estudantes da USP, é o Comando de Greve que representa a categoria – o Diretório Central dos Estudantes e os Centros Acadêmicos são automaticamente dissolvidos. Luizito é um dos professores que estão apoiando mais diretamente o movimento estudantil, ao lado de Jorge Luiz Souto Maior, da Faculdade de Direito, e de Chico de Oliveira, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH).

A reunião com os ministros representa o passo mais largo dado pelo movimento estudantil desde o dia 27 de outubro, quando a detenção de três estudantes portando maconha, no estacionamento do prédio da História-Geografia, deflagou a atual crise na USP.

Os estudantes ocuparam o prédio da administração da FFLCH e, em seguida, o da reitoria. Durante a reintegração de posse, no dia 8 de novembro, 73 pessoas foram presas. Rosi, estudante de Filosofia, contou aqui como foi torturada por policiais. No mesmo dia, em assembléia, os estudantes deflagraram a greve geral que já demora um mês.

Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)

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Um comentário:

Chi Qo disse...

Se a grande mídia se omite, então a mídia guerrilheira deve metralhar a verdade para o povo! Finalmente alguém ouviu e é alguém que está num patamar acima desses que ficam RodaNDO em falso!