Em setembro, Edson Francisco da Silva teve sua casa invadida, em Brazilândia (DF). Dezoito tiros foram disparados, mas somente um o atingiu – de raspão. Ele conseguiu fugir. A probabilidade é de crime político: Silva é membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).
A organização promove a campanha Sem Teto com Vida, por conta das ameaças e homicídios conta militantes do movimento. É possível assinar uma petição pública em prol dos sem-teto.
Na última terça-feira, Silva ia de moto para Ceilândia quando passou a ser perseguido por um carro vermelho, em alta velocidade. Ele conta que não era a primeira vez que o perseguiam – em outra ocasião, meses antes, conseguiu despistar as pessoas, em Ceilândia.
O carro atingiu a traseira da moto próximo da rotatória da BR-070, perto de uma área ocupada em julho pelo MTST. Silva conseguiu controlar inicialmente a moto, mas depois bateu no meio-fio e foi arrastado na grama. Bateu a cabeça, o ombro, mão e perna.
Era a madrugada da segunda para terça-feira. Ele foi ao pronto-socorro e passa bem. O site do MTST conta que, no 24º DP, não queriam registrar a ocorrência porque a moto não estava no local, para ser periciada.
- Mas se tentaram te matar essas duas vezes você deve ser envolvido com coisa errada, não é não? - teria dito o policial.
- Não senhor, sou só militante de movimento social!
- Ah, então...
Alceu Luís Castilho (@alceucastilho)
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2 comentários:
Devido os atos de violência envolvendo o MST, o movimento perde um pouco da ideologia e do verdadeiro sentido do protesto, por isso acabam que não sendo escutados quando precisam, mas concordo com a idéia do post. Belíssima matéria cara.
Eu postei um comentário aqui > http://www.blogger.com/comment.g?blogID=3187210053121034618&postID=4823388263877906991&page=1&token=1324938718115
Veja e comente.
Abraços.
olá, Júnior, grato!
Como vê, não é só um blog para estudantes da USP. É que o reitor não tem sossegado com seu senso de notícias, né? Expulsões, desocupação espetacular com relato de tortura etc. E a USP é jornalisticamente importante, sim!
No caso do relato acima, trata-se do MTST (sem-teto), e não do MST (sem-terra).
abraço!
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