TCU homenageia dona de
empresa na lista suja do trabalho escravo
Yolanda Queiroz foi
homenageada na quarta-feira, pelo Tribunal de Contas da União.
Recebeu o Grande-Colar do Mérito de 2012, a condecoração mais alta
oferecida pelo TCU. Entre os agraciados estavam também o ministro
Carlos Ayres Britto, do STF, e o escritor Ariano Suassuna. Jorge
Amado recebeu homenagem in memoriam.
Sogra do ex-governador Tasso Jereissati (PSDB), Yolanda é a presidente
do Grupo Edson Queiroz – a quem pertence o Diário do Nordeste e a
TV Verdes Mares. Uma empresa do grupo cearense está na Lista Suja do
Trabalho Escravo, do MInistério do Trabalho e Emprego, versão 2012. É a Esperança Agropecuária e
Indústria Ltda. Dezesseis pessoas foram libertadas na fazenda Entre
Rios, em Maracaçumé (MA), em março de 2012.
Relato da ONG Repórter Brasil, especializada no tema, mostra que a empresa esteve também na lista de 2010, após a
libertação de dez trabalhadores em uma fazenda no município de
Aroazes, no Piauí. E, em 1999, pela libertação de 86 trabalhadores
na mesma fazenda Entre Rios, no Maranhão.
O site do grupo
descreve a Esperança Agropecuária da seguinte forma:
- Os agronegócios do
Grupo Edson Queiroz aliam a tecnologia de ponta ao mais absoluto
respeito à natureza. São seis fazendas de alta produtividade:
cajucultura orgânica, apicultura orgânica, reflorestamento,
piscicultura, seleção de bovinos e ovinos, criação de caprinos,
além de frigorífico. A atividade das empresas agropecuárias é
totalmente informatizada, garantindo o controle rigoroso da
reprodução de bovinos e ovinos. O Grupo Edson Queiroz investe na
qualidade genética dos rebanhos e gera estirpes campeãs.
Vejamos agora a
situação descrita em uma das fiscalizações do Ministério do
Trabalho:
- Os trabalhadores estavam em um barraco feito com tábuas de madeiras podres, coberto de telhas de barro e zinco. As condições de higiene e limpeza eram péssimas e eles dividiam espaço com os galões de agrotóxicos, armazenados próximos aos alimentos. Bebiam água retirada de um poço e na frente de trabalho do roço de juquira, quando acabava a água levada do poço, se viam obrigados, por falta de opção, a tomar água retirada de grotas e nascentes que também eram utilizadas pelo gado da fazenda.
Alceu Luís Castilho (a partir de informações do advogado Antonio Rodrigo Machado, no Twitter)
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Um comentário:
Sempre que alguém do meu trabalho recebe algum premio ou ascenso, pedimos um delivery em higienopolis para toda a empresa!
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