17 de junho, Brasil: uma análise do Jornal da Globo
por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)
Segue análise como publicada na madrugada, logo após o encerramento do jornal, no Facebook:
- Waack e Pelajo mais seguros que Bonner e Poeta. Estes estavam loucos para fugir dos protestos como tema, e proteger a Copa. E varreram a história ao vivo para debaixo do tapete. Mas entre o fim do JN e o início do Jornal da Globo (que demorou), cúpula da Globo parece ter analisado a conjuntura - e redefinido sua estratégia. A dupla parecia já ter entendido tudo o que acontece no Brasil e no mundo.
Desta forma, os termos vieram redefinidos. Sobreviveram os "vândalos" e "baderneiros", associados aos que ocuparam - ou quase - prédios públicos, no Rio, Brasília e em São Paulo. Em contrapartida, os manifestantes "pacíficos", "a grande maioria". Esses que eles querem conquistar para uma nova agenda temática. (Notem que Datena falara no mensalão; Marcelo Rezende, em inflação.)
A PEC 37 apareceu com Waack e, depois, com Arnaldo Jabor. Fazendo seu mea culpa manipulador, como no artigo que escrevera, com essa agenda que não é a de quem apanhou nos últimos protestos. (E nos últimos 200 anos.) Até a pauta do transporte foi minimizada, pois a emissora mostrou gente sendo prejudicada: motoristas, usuários. Às ruas? "Sim, mas com os nossos temas".
Não faltou um ex-policial paulista analisando a polícia paulista. Até fez algumas críticas a ela, é verdade, mas sem a ênfase do jornal contra os "vândalos-baderneiros". É como se estes compusessem uma entidade estrutural, naturalizada, espécie de monstros incorrigíveis. A polícia violenta, a polícia sádica? Ora, diz nas entrelinhas o discurso da Globo, essa apenas teria feito uns pecadinhos na quinta-feira. Merece um puxão na orelha.
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