Acusado de exploração sexual foge da prisão,
mas ganha habeas corpus. Pode, STF?
por ALCEU LUÍS CASTILHO (@alceucastilho)
Em São Paulo, uma promotora acusa 72 estudantes de formação de quadrilha, por terem ocupado a reitoria da USP, em novembro de 2011. No Acre, o Tribunal de Justiça concede habeas corpus a Assuero Veronez, acusado de exploração sexual. Ele esteve foragido do dia 29 de novembro até 31 de janeiro, quando obteve a alforria do Judiciário.
Veronez era vice-presidente da Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária (CNA), onde também presidia a Comissão de Meio Ambiente. Foi um dos líderes dos ruralistas na discussão do novo Código Florestal – chamado por ambientalistas de Código Ruralista.
Os estudantes da USP foram acusados de vários crimes pelo Ministério Público. A decisão política de ocupar a reitoria foi tomada em assembleia estudantil, minutos antes, no prédio do Departamento de História e Geografia. Será uma assembleia de estudantes uma “quadrilha”?
No Acre, a Operação Delivery detectou 22 clientes assíduos de uma rede de exploração sexual. De mulheres e de adolescentes. Outro acusado, o fazendeiro Adálio Cordeiro, também fugiu, mas foi localizado pela polícia e está em prisão domiciliar. Veronez foi ouvido nesta terça-feira e evitou declarações à imprensa.
Os estudantes da USP protestavam contra a repressão policial na Cidade Universitária. Mas o problema chegou a aumentar: durante a desocupação da reitoria houve relato de tortura praticada por policiais contra a estudante Rosi, da Filosofia. Blog publicou o relato: “Rosi conta como foi torturada na USP”.
A corda da “justiça” brasileira, é evidente, estoura do lado mais fraco. Estudantes que efetivaram uma decisão política (questionável, criticável) coletiva são criminalizados pelo Ministério Público. Um poderoso ruralista acusado de exploração sexual ganha habeas corpus em plena fuga.
E ainda querem que os estudantes – sempre tão acusados de “radicais” - acreditem nessa democracia?
TWITTER:
Em São Paulo, uma promotora acusa 72 estudantes de formação de quadrilha, por terem ocupado a reitoria da USP, em novembro de 2011. No Acre, o Tribunal de Justiça concede habeas corpus a Assuero Veronez, acusado de exploração sexual. Ele esteve foragido do dia 29 de novembro até 31 de janeiro, quando obteve a alforria do Judiciário.
Veronez era vice-presidente da Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária (CNA), onde também presidia a Comissão de Meio Ambiente. Foi um dos líderes dos ruralistas na discussão do novo Código Florestal – chamado por ambientalistas de Código Ruralista.
Os estudantes da USP foram acusados de vários crimes pelo Ministério Público. A decisão política de ocupar a reitoria foi tomada em assembleia estudantil, minutos antes, no prédio do Departamento de História e Geografia. Será uma assembleia de estudantes uma “quadrilha”?
No Acre, a Operação Delivery detectou 22 clientes assíduos de uma rede de exploração sexual. De mulheres e de adolescentes. Outro acusado, o fazendeiro Adálio Cordeiro, também fugiu, mas foi localizado pela polícia e está em prisão domiciliar. Veronez foi ouvido nesta terça-feira e evitou declarações à imprensa.
Os estudantes da USP protestavam contra a repressão policial na Cidade Universitária. Mas o problema chegou a aumentar: durante a desocupação da reitoria houve relato de tortura praticada por policiais contra a estudante Rosi, da Filosofia. Blog publicou o relato: “Rosi conta como foi torturada na USP”.
A corda da “justiça” brasileira, é evidente, estoura do lado mais fraco. Estudantes que efetivaram uma decisão política (questionável, criticável) coletiva são criminalizados pelo Ministério Público. Um poderoso ruralista acusado de exploração sexual ganha habeas corpus em plena fuga.
E ainda querem que os estudantes – sempre tão acusados de “radicais” - acreditem nessa democracia?
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